Francisco disse:
— Conversei com sua avó à tarde e conseguimos fechar um bom preço.
— Foi tranquilo?
— Tranquilo, já estamos assinando o contrato.
Luiza ficou tão feliz que quase soltou um grito, mas antes que pudesse dizer algo, Miguel falou:
— Cuidado com o seu pé.
Luiza olhou e viu que seu pé estava bem apoiado no travesseiro, sem problema algum.
— Meu pé está bem.
— Com quem você está conversando, Francisco? Parece tão feliz. — Miguel se aproximou, o rosto bonito com uma expressão fria, claramente insatisfeito.
— Quem está aí com você? — Francisco perguntou ao telefone. — É o Miguel?
— Sim. — Luiza assentiu.
Francisco disse:
— Já são mais de oito horas da noite, ele ainda está na sua casa? Pretende passar a noite aí?
— Não, daqui a pouco eu faço ele ir embora. — Luiza ignorou Miguel e continuou conversando com Francisco.
Miguel franziu a testa, lançando a ela um olhar ressentido.
Luiza o ignorou, sem vontade de dar explicações. Afinal, não tinham nenhuma relação, e ela não precisav