A mansão estava mergulhada em um silêncio pesado naquela noite. Mesmo sem novos incidentes, a tensão permanecia palpável, como se algo estivesse prestes a explodir. Lorenzo caminhava pelos corredores vazios, seus passos ressoando como lembretes da responsabilidade que carregava. A reunião com os guardas no dia anterior havia apenas reforçado suas preocupações: a segurança estava comprometida, e ele precisava agir antes que fosse tarde demais.
Ao chegar ao seu escritório, encontrou Petrov já esperando. O homem estava sentado na cadeira em frente à mesa, as mãos entrelaçadas sobre os joelhos, a expressão grave.
— Precisamos conversar, Lorenzo — disse Petrov, direto como sempre.
Lorenzo suspirou, sentando-se do outro lado da mesa.
— Sobre o quê?
Petrov inclinou-se levemente para frente, o olhar firme.
— Sobre Bruno.
O nome do irmão causou uma pequena tensão nos ombros de Lorenzo, mas ele não demonstrou nada.
— O que tem ele?
— Há algo errado — respondeu Petrov. — Ontem à noite, ouvi uma