Capítulo 2

Na manhã seguinte todos na Midles High sabiam da menina nova. Jamie era uma atração para os alunos da escola. Ainda não sabia, mas aquele não seria um dia fácil para ela.

— Me desculpe novamente por não ter vindo ontem, menina. — O motorista da família Everest pediu a olhando chateado.

— Não se preocupe, Leo. Eu voltei, sã e salva. Por sorte consegui um táxi. — A menina o tranquilizou.

— Eu tive que cuidar da senhora Diane, era um emergência, sua mãe...

— Oh, eu sei, Leo.  — A menina sorriu amistosamente, com Leopold e Gertha era fácil falar, não havia gagueira, talvez algumas palavras trocadas, mas eles não se importavam. Assim como ela não se importava quando Leo não conseguia buscá-la na escola porque provavelmente estava cuidando de mais um dos ataques bêbados de sua mãe. Sempre agia como se não fosse realmente um problema.

 Como se os negócios de seu pai ou os ataques violentos de sua mãe fossem sempre a prioridade. Nunca ela.

 Sempre tão educada, tão compreensiva.

— Está tudo bem. Hoje você vem? — O motorista não entendia como um anjo como Jamie havia sido gerada no seio daquela família. Tanto ele quanto Gertha seguiu os Everest para Midles Creek com o objetivo de cuidar daquela pobre menina. Em sua ignorância, o casal de empregados sabia que Jamie precisava de ajuda, de pessoas que a amassem por perto.

— Bem, eu tenho outro compromisso com sua mãe, mas o seu pai disse que viria. — Ele tentou sorrir para a menina.

— Papai vem? — Ela iluminou-se na mesma hora. — Que ótima notícia, Leo! Tenha um ótimo dia! — Mexeu a cabeça de forma que seus cachos brilhantes se movimentassem, agarrou seus livros com mais firmeza e correu para atravessar a rua. Leopold arrancou com o carro e suspirando chateado sabendo o que aconteceria mais tarde, não entendia como aquela menina poderia ainda ficar feliz, não tinha ideia de como, mas agradecia por ainda ver esperança nos olhos dela.

Ela podia ter muitos problemas, mas falta de esperança, de fé, não era um deles.

Jamie continuou a sorrir e atravessar a rua sem olhar para frente, não viu que a escola estava movimentada e bateu de frente com alguém. Ela caiu para trás no mesmo momento em que colidiu com a montanha dura que estava em sua frente, seus livros espalharam–se por todo o gramado da escola e quando ela olhou para cima parecia que as pessoas haviam se multiplicado ao seu redor, o autor do seu tombo estendeu a mão para ajudá–la.

Jamie pensou que seu rosto pingaria sangue de tão quente e vermelho que estava, chegou a sentir um amargo na garganta de tão envergonhada. Ela imediatamente começou a tentar se concentrar para não gaguejar, mas era praticamente impossível naquele momento.

— Devia olhar para onde anda, boneca.— O garoto disse de forma brincalhona. Quando prestou atenção nele, teve de se policiar para não ficar muito tempo olhando para a beleza do rapaz, ele era alto, forte e vestia uma jaqueta verde com detalhes em amarelo o que a fez o identificar como um dos atletas da escola. Ele piscou para ela fazendo-a puxar o ar assustada. Era tão bonito.

— Deixe de brincadeira, Tom, a menina já está envergonhada o suficiente. — Uma pequena pessoa saiu de trás do grandalhão, Jamie poderia jurar que era um gnomo ou coisa mítica parecida, como as fadas dos contos que com tanta dificuldade conseguia ler e se emocionar. A garota baixinha e de cabelos bem arrumados, presos no alto da cabeça era linda e sorridente. Vestia jeans mais apertados do que costumava ser permitido e sua blusa rosa trazia um laço enorme no pescoço. Ela retirou seus óculos escuros e sorriu para Jamie como se elas se conhecessem há anos. — Deixe-me ajudá-la com os livros. — Disse enquanto já ia pegando o material, Jamie lembrou-se dos seus pertences e prontamente se recompôs e começou a pegá-los também.

— Não é necessário, obrigada. — Tentou ser gentil com a menina. — M-me desculpem e-eu esta-estava distraída.

— Tudo bem, boneca. Acontece. — O garoto grande e imponente ajudou Jamie a se levantar enquanto a outra bela menina ajudava com os livros.

— Olá! Sou Lindy, Lindy London, e esse é meu irmão Tom. — ela apontou para o grandão ao seu lado. Jamie olhou para eles, tão diferentes. Ele era tão grande, espalhafatoso e ela tão pequena e delicada. — Você deve ser Jamie Everest. Nossa mãe é a conselheira, ela pediu para que nós recebêssemos você.

— Olá! — Jamie murmurou cumprimentando-os desajeitadamente. Ela olhou em volta tentando se focar em algo para continuar conversando com eles, mas não conseguiu encontrar nenhuma âncora que lhe fizesse se concentrar. — Me desculpem novamente eu... eu... eu...

Jamie parou imediatamente de tentar falar quando ouviu o ronco alto de uma motocicleta envenenada. Ela saltou um pouco em seu lugar quando a moto passou por eles e estacionou muito próximo de onde estavam. Não demorou muito para identificar quem pilotava.

O garoto da aula de biologia! Deus! Ele é tão bonito.

Lembrou-se de como seus olhos se cruzaram na aula no dia anterior e sentiu seu rosto esquentar novamente. Droga! Ela tinha que se controlar.

— Tom, Lindy...

Eles se conhecem?

— Muito caloroso o seu cumprimento, irmão. — Lindy debochou.

Irmão? Eram irmãos?

O garoto se aproximou e mostrou-se surpreso ao colocar os olhos em Jamie. Dominic geralmente não se mostrava atingido ou surpreendido por ninguém.

— Ah! Eu estava procurando você — anunciou parecendo entediado. Jamie olhou para trás se perguntando se era com ela que ele falava mesmo, ela tinha certeza que não era.

— E-eu? — Perguntou em dúvida. Seus olhos não paravam de piscar.

— Sim, você, Jamie Everest, é o seu nome, não? — perguntou ele ensaiando um pequeno sorriso para a menina. Lindy e Tom se olharam como se tivesse nascido uma segunda cabeça em seu irmão mais jovem. Dominic não gostava de mudanças, muito menos de fazer favores e Jamie não era o tipo de garota que ele costumava abordar. Algo estava definitivamente estranho com ele.

— Sim...— Ela parou no meio da resposta olhando Lindy e Tom se afastarem um pouco enquanto assistiam. — Eu...eu... eu...

Dom olhou para os irmãos que o analisava com interesse, ele se recompôs imediatamente e voltou a agir como as pessoas esperavam que ele sempre agisse.

— Bem, vou facilitar para você. — Jamie o olhou entristecida e logo desviou o foco para os seus pés. — Dominic London, seu tutor.

 Seu problema não era de fala, ela não era autista, nem sofria de tartamudez, sua gagueira vinha diretamente do nervosismo, especialmente tendo contato com tanta gente nova. Sofria de dislexia e mesmo que não entendesse ainda, sofria de negligência parental. Seu contato era mínimo com o mundo exterior, e de fato, ela estava muito bem para alguém que passou os últimos quinze anos tendo pouco contato, algumas conversas com os primos em festas da família e nas férias deveria contar. Certo?

Ela se manteve olhando para os seus pés, e até roubou alguns olhares para os tênis sujos de Dominic.

— Ok, raciocínio lento...  Vou ajudar você com literatura, inglês e história. — Disse quando Jamie finalmente levantou os olhos. — Você tem algum problema de surdez que não tenham me contado?

 Jamie tomou ar e olhou horrorizada para Dominic, sentiu-se tão humilhada com o que ele lhe disse que simplesmente pegou suas coisas deixando algumas pelo chão e correu para a aula deixando todos lá, olhando atônitos. Os irmãos lhe analisaram com reprovação e com um suspiro de Lindy, caminharam lentamente para dentro da escola.

— O que eu fiz? — Dom se perguntou sem entender, caminhou um pouco e chutou algo, olhou para baixo e notou um caderno estofado em um tecido floral, havia uma fita com um laço mal feito nele, ele o pegou e olhou para frente tendo consciência de que ele pertencia à garota que havia corrido para dentro da escola, fugindo dele.

Ele abriu sem a menor cerimônia o caderno florido da menina, mas logo o fechou quando descobriu ser seu diário. Ele era um imbecil, mas não era um completo idiota e odiava ter a sua privacidade invadida, então rapidamente andou até a escola querendo devolver a Jamie seu diário. Mas a foto que caiu do caderno o fez parar, ele pegou a imagem que caíra e analisou com interesse.

— Mas... o que? — Olhando para a imagem ele via uma menina no meio de um homem e uma mulher, pelos cabelos ele poderia imaginar que era Jamie, mas era difícil afirmar, seu rosto estava rabiscado, arranhado, e só a face dos adultos estava intacta.

Isso serviu para Dominic esquecer as boas maneiras, ele devolveu a foto para dentro do caderno e o enfiou dentro da jaqueta. Sem o menor remorso entraria no mundo de Jamie Everest, não por maldade ou curiosidade mórbida. Simplesmente sentia necessidade.

**

Não era necessário ser um profissional para entender que Jamie tinha um sério problema, ela riscara a própria face na fotografia que ele tinha nas mãos, seus olhares sempre para baixo, não encarava ninguém e se encolhia ao andar entre as pessoas. Jamie não tinha somente a dislexia como problema.

A menina ainda bufava dentro do banheiro tentando não deixar as lágrimas fugirem dos seus olhos. Fora humilhada no primeiro e segundo dia de aula por conta do seu problema, estava com raiva por se deixar abalar com aquilo, já deveria estar acostumada naquela altura com os insultos que recebia dos outros. Suas primas Kelly e Jenny, as irmãs perversas, sempre davam um jeito de acabar com a sua auto estima, eram poucos dias no verão e em poucos eventos, mas o suficiente para massacrar a mente de Jamie.

"Jamie é retardada!"

"Jamie não é assim que se fala, já expliquei a você!"

"Não, eu nunca sairia com Jamie Everest, ela é burra."

“Sai daqui, Jamie, esse jogo é para as inteligentes.”

Jamie sempre tinha escolhas em sua mente. Lá, ela sempre conseguia dar as respostas que as pessoas mereciam, até alguns palavrões ela conseguia soltar. Tinha uma infinidade de respostas espirituosas que poderia dar a Dominic e a todos que já a humilharam, mas isso era apenas em sua mente. Dentro dela, Jamie fazia o que queria. No mundo real ela não conseguia ter opção. Era sempre abaixar a cabeça, ouvir o que tinham a dizer e engolir as palavras.

Quando finalmente se recompôs, ela saiu do banheiro e deu de cara com Dominic encostado do outro lado do corredor. Ela travou imediatamente, resistiu o quanto pôde para não desviar o olhar, mas foi por pouco tempo, encarar as pessoas era difícil, olhar a beleza de Dominic London era impossível. Seus olhos foram para o chão e seus pés começaram a se mover rapidamente para longe dele.

Dominic viu o que ela estava fazendo e correu para alcançá-la.

— Hey, hey... Pare, deixe-me falar com você. — ele a pegou pelo braço.

— Me solta, por favor. — Jamie sussurrou sem perceber que não havia gaguejado. Nunca teve forças para falar a altura de seus sentimentos com alguém e não o faria com o London que a intimidava de todas as formas possíveis e talvez mais do que alguém jamais conseguiu intimidá-la. Nunca um rapaz tão bonito estivera perto dela antes e aquilo a deixava mais nervosa do que qualquer atitude rude.

Dom a soltou no momento em que pediu.

— Obrigada. — Sussurrou deixando o rapaz piscando por alguns momentos. Ela era tão delicada, frágil. Sua voz era doce e medrosa. Ele não reconheceria, mas estava se encantando pela menina.

— Tudo bem, eu só queria... Você sabe... O que aconteceu... — Dom mudou a sua postura e soltou um pigarro tentando se concentrar no que estava dizendo. — Você não precisava se sentir tão insultada, afinal... olha... eu...

— Boa maneira de se desculpar, paspalho. — Ambos olharam para o lado e avistaram a dona da voz. Dominic já a conhecia. Faith Stuart era namorada de seu irmão, a loira mais cobiçada da escola, sempre impecavelmente bem vestida, em seus vestidos de tons sóbrios, terrosos e escuros, e seus batons vermelhos. Fazia questão de parecer uma autoridade na escola, estava no terceiro ano e cursava magistério. Já até substituía a senhora Wonder em algumas aulas de história quando havia necessidade.

Faith era uma força da natureza. A escola inteira parava para ela e Tom quando passavam, eram rei e rainha nos últimos três anos porque simplesmente pareciam bem naquele cargo, mas para Dominic ela era apenas uma vaca que gostava de ficar no seu pé tanto quanto a sua mãe.

Faith não era a maior fã de Dom também. Ela era da filosofia de que bons pais mereciam bons filhos. E uma vez que ela e o irmão gêmeo Samuel não tinham bons pais, desprezar Dominic por não valorizar os seus parecia muito justo. Jeffrey e Anne London eram bons pais e mereciam bons filhos. Era uma equação simples na cabeça da bela moça.

— Olá, sou Faith Stuart, aluna do terceiro ano.— Ela deu um sorriso amistoso para Jamie e esticou a mão puxando a menina para dentro da sala de aula. Dominic as seguiu imaginando que Anne havia alertado toda a família e seus agregados sobre a menina disléxica, ele caminhou silenciosamente e diminuiu o passo quando viu que Faith estava deixando Jamie mais na frente e se virando para ele.

— Você é um imbecil, Dominic!

— Como sabe que fiz algo errado? — ele perguntou confuso puxando a barra de sua jaqueta de couro para baixo.

— Não é difícil saber... você só faz mer...— Ela não continuou, Jamie os olhava indagando o que eles estavam falando, sabia que era dela. — Bem, Jamie, como eu disse sou do terceiro ano, mas às vezes a direção me pede para substituir à senhora Wonder, por favor, escolha um lugar e sente-se. — Disse quando abriu a porta da sala e estendeu seu braço em direção a turma. Ela bateu palmas, chamando atenção de todos enquanto Jamie seguia para uma das carteiras tentando ignorar os olhares das meninas e escutando os assobios dos garotos da turma, chegando a conclusão de que Faith era bem vista pelos garotos da escola.

Algumas olhavam com dúvidas, querendo saber afinal quem era a garota nova, outras olhavam sorrindo, pois já haviam estado com ela em alguma aula do dia anterior, como Eva Emerson, outras, como Mona a olharam com nojo, nem ao menos a conheciam, mas era o suficiente para odiá-la já que perceberam os olhos de Dominic London em cima dela.

Dominic sentou-se perto de Jamie e a menina o olhou arredia, com medo, embora ela não entendesse direito o que Dominic causava nela, o medo de estar perto dele era enorme, não queria parecer boba, e também não queria que ele a odiasse, mas não entendia porque justamente ele tinha que ser o seu tutor.

Notando que a garota estava totalmente tensa perto dele, Dominic deu um longo suspiro, depois pegou um pedaço de caneta e começou a escrever, em seguida passou para Jamie, Faith viu a troca e sorriu internamente, pensou que ele poderia ter alguma salvação afinal. Lembrou-se do objetivo de Anne com tudo aquilo.

"Isso não é só pela menina, quero que Dominic tenha um objetivo."

Ele apenas precisava de um objetivo, ela acreditava, nunca entendera a rebeldia de Dominic, talvez fosse algo sem causa, mas igualmente merecia atenção. Ou talvez ele não soubera lidar com fato de ter que dividir os pais sempre com os outros, Tom e Lindy não sofriam mais com a atenção dividida de Jeffrey que era médico e Anne, psicopedagoga, a atenção dos pais sempre tinha que ser dividida entre eles e seus pacientes ou alunos. Para os mais velhos parecia ser tranquilo, mas talvez não tenha sido tudo bem para Dom.

Jamie não estava tão satisfeita. Um bilhete?

Ela levaria longos minutos para ler e responder.

Abriu o pedaço de papel cautelosamente e com curiosidade. Respirando fundo ela procurou se concentrar. Era curto, simples. Mas era de Dominic London, o garoto que fez seu coração pular todas as vezes em que olhou para ela.

"Eu não sou realmente bom nisso, mas podemos começar de novo. Posso ser seu tutor?”

Jamie franziu o cenho. Ele não sabia pedir desculpas. Suspirou e escreveu no papel a resposta. Pareceu levar décadas, sua mão tremia e ela piscava muito, A demora foi tanta que ele imaginou que seria um grande texto. Quando finalmente passou o bilhete de volta, foi sob o olhar de Mona Williams.

"Agradeço, mas posso me ajeitar sozinha.”

Dominic sentiu seu sangue ferver. Quem ela pensava que era para fazer aquilo com ele?

Nunca, nenhuma menina o dispensara antes. O que ela era? Louca?

Ele não insistiu. As aulas seguiram e ele apenas a acompanhou Jamie de longe em cada uma delas. Não sabia por que simplesmente não deixava aquela menina para lá, ela só tomaria o seu tempo livre. Por que se importar?

Decidiu que era para não magoar ou decepcionar Anne novamente.

O sinal para o almoço tocou e ele foi sentar-se na mesa dos London e dos Stuart. Geralmente ele iria para trás do colégio fumar ou agarrar alguma garota, mas algo o estava tirando do seu humor para aquilo, então resolveu dar o prazer de sua presença para o resto de sua família. Quando chegou lá teve a surpresa. Lindy, Faith e Jamie sorriam uma para a outra enquanto Sam e Tom conversavam sobre carros.

Quando Jamie percebeu a presença de Dominic seu sorriso caiu e rapidamente ficou tensa. O assunto morreu quando Dom sentou-se com eles. Jamie começou a se sentir inquieta imediatamente e fez menção de levantar para sair, mas Sam começou a perguntar sobre sua antiga cidade e a menina acabou relaxando.

— Como conseguiram trazê-la? — Dom sussurrou a pergunta para o irmão mais velho.

— Faith pediu para que Sam a chamasse, você sabe como ele pode ser persuasivo. — Dominic sorriu olhando a menina interagir com a sua irmã .

— Sim, ele é o irmão simpático. O descente.

— Minha namorada, Dominic. Lembre-se! — avisou Tom com ameaça em sua voz.

— Seu mau gosto. — Dom deu de ombros e voltou a sua atenção para a conversa dos outros com Jamie.

Analisando o grupo, Dom podia entender um pouco do plano de sua mãe. Sam era amigável e confiável. Lindy faria Jamie sorrir em qualquer momento e ajudaria em sua autoconfiança sem que a menina sequer percebesse, Faith provavelmente mudaria seu guarda-roupas em poucos dias, além de protegê-la da maldade das outras garotas da escola. Tom era aquele que faria os garotos não se aproximarem, ninguém enfrentaria a montanha de músculos para sair com Jamie. Dificilmente algum garoto se aproveitaria da inocência da menina. E Dominic, bem, o objetivo dele era ensiná-la.

Ele só começava a sentir dúvida sobre o quê exatamente deveria ensiná-la.

Mas de uma coisa ele tinha certeza.

Jamie sorria para todos, menos para ele. Ela sequer olhava em sua direção. E isso meio que o deixava louco.

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