367. As cartas de John
Gabrielle Goldman
Uma grande escrivaninha ao centro da sala, com alguns papeis em cima, assim como pastas abertas. Ao canto havia um divã de couro escuro, e uma manta creme dobrada em cima.
Ao lado da única porta, havia um pequeno bar, com algumas garrafas de vidro e taças. Gadreel se aproximou, pegando um copo e se servindo do que me parecia ser whisky, antes de fechar a porta atrás de mim.
— Não precisa ter medo — disse ele, se aproximando de mim — Jamais a machucaria.
— Não me machucaria...— ri sem qualquer vestígio de humor — Apenas me roubaria cada centavo.
— Eu já disse que não é dessa forma — resmungou, encostando seu corpo em minha costa.
Antes, aquela proximidade faria minhas pernas tremerem e meu coração vacilar. Mas não mais. Não depois de descobrir que tudo aquilo não passava de um jogo para ele. E por mais que eu ainda me sentisse atraída por ele, eu não cairia em seus truques novamente.
— Então como é, Gadreel? — exigi, me voltando para