 Mundo de ficçãoIniciar sessão
Mundo de ficçãoIniciar sessãoGabrielle Goldman
Sou arrancada de meus pensamentos pelo estalo seco do notebook se fechando com força. O som me atinge como um tapa. Ele o largou de qualquer jeito na mesinha ao lado, entrelaçou os dedos com tanta força que os nós ficaram brancos, e apoiou os cotovelos nos joelhos, como se carregasse o peso do mundo nas costas. Gadreel parecia estar à beira de um colapso.
Seus ombros subiam e desciam devagar, mas pesadamente, e os olhos estavam cravados no chão como se esperasse que ele abrisse um buraco para enterrá-lo. Passou a mão pela nuca em um gesto lento, desesperado, e foi aí que percebi que ele estava tremendo. Discretamente, mas estava. Os músculos enrijecidos, a mandíbula cerrada, tudo nele gritava contenção. E aquilo não era natural, não para ele. Ele sempre foi tempestade, jamais calmaria.









