Lucas Park
Eu a amava tanto que não poderia correr qualquer risco de perdê-la, mesmo que isso significasse ganhar seu ódio. E sentir aquele ressentimento queimando em seus olhos enquanto me afastava, deixando-a ali, sob aquela mesa, após tê-la feito gozar em minha mão, foi como se ateasse fogo aos fiapos que restaram de minha alma.
Eu sabia que havia sido o primeiro a tocá-la daquela forma, e o peso desse conhecimento me esmagava. Jamais quis deixa-la. Tudo o que eu queria era tê-la por completo, dizer que a amava e terminar o que começamos. Não daquela maneira fria e limitada, mas como ela merecia: com todo o amor e cuidado do mundo.
Mas, ao invés disso, me obriguei a dar as costas, ignorando o sentimento sufocante de morte que consumia cada fibra do meu corpo e mente. E ela estava tão linda naquela manhã,