Gabrielle
Eu o observava enquanto ele dirigia. Seus dedos estavam tão tensos no volante que as juntas se esbranquiçaram, e sua mandíbula permaneceu travada como se ele estivesse controlando a raiva a todo custo. Eu sabia que ele estava tentando não perder o controle. Com Lucas, o silêncio era sempre a pior parte. Era o prelúdio da tempestade.
— Não é nada do que você está pensando — soltei, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
Ele soltou uma risada seca, sem qualquer humor.
— Você não sabe o que estou pensando.
— Então me diga — pedi, contendo o tremor na voz. — Está me punindo, e eu nem sei o que fiz de errado.
Foi então que ele pisou no freio com tanta força que m