Eu mal estava preocupada com o fato de estar sem roupa em sua frente. Foi como se nós dois tivéssemos mesmo nos desligado do mundo para aproveitar aquele momento. E nem foi tão difícil.
Ele tirou os sapatos e as meias dos pés, arrancou a calça ficando apenas de cueca e com a gravata clara ainda no pescoço, e então voltou até mim.
— Ainda não me beijou — sussurrei rindo.
Por mais que agora já sabia que seus lábios eram deliciosos, ainda não tinha sentido o sabor deles, e eu queria, queria vê-lo desejando o mesmo que eu.
— Por medo, talvez.
— Medo de quê? — Franzi o cenho.
— Você não sabe? Estudos científicos comprovam que beijos podem ser viciantes. Eles liberam adrenalina, oxitocina, endorfinas, testosterona e estrógenos — falou como um perfeito nerd, me fazendo rolar os olhos. — Se eu já estou terrivelmente excitado sem nem ter te beijado, tenho medo de beijar e ficar viciado em uma coisa que não posso ter com frequência.
Não evitei um riso frouxo. Então não íamos nos beijar, era iss