— Quero que um dia eu possa te abraçar, te beijar, te tomar pra mim sem pensar que isso é um erro terrível. Minha maior vontade é viver uma coisa real, que seja aceita.
Porra!
Eu já disse que Scott tinha o poder de me atingir apenas com palavras?
Pois é. Ele tinha.
— Isso nunca vai acontecer, e você sabe. Eu ainda sou uma Legard, filha dos seus pais, sua irmã — murmurei o termo usado, com nojo na voz —, e o seu erro é pensar que isso não é real, quando pra mim, é a coisa mais certa que já vivi. Você é a coisa mais real que eu pude alcançar.
Sua expressão suavizou, seu sorriso pequeno me alcançou.
Meu coração se aqueceu de imediato.
Scott levou seus dedos até minha bochecha e a acariciou.
Fechei os olhos e me deixei levar pelo pouco que eu poderia ter.
Se tivesse que me contentar apenas com isso, então que assim fosse.
— Deixei de ser o seu maior pecado? — provocou, visto que eu repetia para ele diversas vezes afirmações com esse teor.
— Ainda é, mas é o pecado que eu amo co