Capítulo 2
No dia seguinte, puxando minha mala, deixei a casa de campo.

Na sala de embarque, abri o celular e vi as fotos que Isabella tinha postado no parque de diversões.

Na foto, Lucas abraçava os ombros dela, enquanto Gaspar segurava sua mão.

A legenda dizia:

— Sempre haverá alguém feliz com sua chegada!

Gaspar sorria alegremente, abraçando um monte de besteiras sem valor nutricional.

Lembrei-me de quando fiquei grávida pela primeira vez, e a terapeuta já havia me alertado que meu corpo não era adequado para gestação.

Durante a gravidez, meu corpo ficava extremamente fraco, incapaz de sustentar a nutrição necessária para uma criança.

Mas eu amava demais Lucas, sonhava todas as noites em ter um filho nosso.

No dia do parto, como esperado, tive complicações sérias.

Lucas, naturalmente, não se importou comigo. Lutei sozinha na sala de cirurgia durante toda a noite, até que Gaspar nasceu em segurança.

Depois disso, passei a me preocupar ainda mais com a saúde dele, com medo de que minha condição o tivesse prejudicado.

Eu preparava cuidadosamente cada refeição para ele, exigia que participasse dos treinos rigorosamente.

Mas nada disso se comparava ao que Isabella fazia, comprando sorvete e os brinquedos mais modernos para ele.

Já que eles pareciam mesmo uma família, decidi deixá-los ser felizes juntos.

Liguei para uma amiga com quem não falava há muito tempo.

— Aquela vaga no colégio de elite que você mencionou, ainda está aberta para entrevista?

— Acho que estou pronta para deixar a Alcateia Siqueira para trás.

Na mansão de Lucas, a empregada que fazia a limpeza encontrou os papéis que deixei para trás.

Era uma solicitação pronta para ser enviada ao conselho da alcateia, pedindo o rompimento oficial do vínculo de companheiros.

Já não queria discutir esse assunto pessoalmente com Lucas. Aquele documento era meu aviso final para ele.

A empregada, surpresa, correu para contar a Lucas.

Ele estava ajudando Gaspar a arrumar as coisas.

— Suas férias acabaram, lobinho. Está na hora de voltar para a escola.

Gaspar parecia arrasado, sentado no chão com os olhos vermelhos.

— Não quero voltar, se voltar vou ter que ver aquela mãe irritante! E não vou mais ver Isabella todo dia!

Lucas o pegou no colo:

— Quem disse? Isabella vai voltar com a gente.

Gaspar imediatamente abriu um sorriso: — É verdade mesmo, papai?

Ele se aninhou no pescoço de Lucas: — Papai, quero que Isabella seja minha mãe! Quando ela vai virar minha mãe?

Lucas ficou alguns segundos surpreso, depois, finalmente, um sorriso surgiu em seu rosto sério: — Se você quiser, logo ela será.

A empregada, balançando a cabeça, se aproximou apressada: — Alfa Lucas, isso é algo que Luna Clara deixou, o senhor…

— Ela esteve aqui? Lucas franziu a testa, a expressão imediatamente fechada.

A empregada engoliu seco:

— A Sra. Clara veio ontem, saiu às pressas hoje de manhã. Parecia triste e deixou isto.

Ela terminou de falar o mais rápido que pôde ao ver o rosto fechado de Lucas.

Mas ele, mesmo ao ouvir meu nome, só demonstrou aborrecimento.

Não deu a menor atenção. Pegou Gaspar e foi embora, e a empregada acabou colocando o documento na bagagem deles.

Tudo isso, é claro, eu não sabia, e nem me importava mais.

Se Lucas assinaria ou não aquele pedido, não alteraria minha decisão de partir.

Voltei para a alcateia, arrumei tudo rapidamente e levei sem hesitar todo o dinheiro que Lucas depositava para mim todo mês.

Antes, eu não gastava nem um centavo, tudo o que eu ganhava era para comprar coisas para ele e para Gaspar.

Agora, tomar de volta aquele dinheiro não me parecia errado.

Enviei meu currículo para aquela ótima escola da Alcateia Rocha, e marquei a cirurgia de aborto para alguns dias depois.

Só então senti que realmente estava me desligando de tudo.

Com a mala nas mãos, não escolhi voltar para minha antiga casa.

Desde a chegada de Isabella, aquele já não era mais meu lar.

Isabella era, na verdade, filha ilegítima do meu pai.

Meu pai teve um caso com a secretária e teve Isabella, e depois ainda levou ela para casa dizendo que queria torná-la herdeira oficial da alcateia.

Minha mãe não suportou a traição do companheiro, adoeceu rapidamente e, em menos de um ano, me deixou sozinha.

Depois disso, meu pai passou a dar o melhor de tudo para Isabella, sem disfarces.

Mesmo quando descobriu que eu e Lucas éramos companheiros destinados, não hesitou em tentar juntar os dois.

Só quando Isabella escolheu ser companheiro do Alfa de uma alcateia ainda maior, tudo isso se acalmou.

Naquele dia, Lucas recebeu a notícia e bebeu até cair, depois passou a noite comigo, gritando o nome de Isabella enquanto me abraçava.

E então, fiquei grávida.

"Foi tudo um erro desde o começo. " Ouvi minha loba sussurrar em minha mente.

Ela tinha razão, tudo isso foi um erro.

Em poucos dias, vou corrigir tudo.

Dirigi até um hotel e me hospedei.

Enquanto isso, Lucas e Gaspar também voltaram para a Alcateia Siqueira.

Olharam para a mansão, agora visivelmente mais vazia, sem demonstrar qualquer reação, sem perceberem minha ausência.

Continuavam animados, planejando a festa de aniversário de Isabella, que aconteceria depois de amanhã.
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