Teddy Tapper estava sentado na mesa da cozinha quando Alexandria adentrou a casa. Ele ainda estava com o uniforme que usara durante toda a manhã, os dedos se moviam frenéticos contra a tela do celular, e quem visse a cena, sem olhar para seu rosto, teria certeza de que ele estava em uma discussão acirrada, mas Alex podia vê-lo sorrir para o aparelho, um sorriso diferente dos que ela estava acostumada a vê-lo dar, o sorriso de quem está com borboletas no estômago.
Alex se sentiu um pouco estranha com a cena. Ver o próprio pai, possivelmente, flertando com alguém no telefone era, no mínimo, desconfortável, mas ela não tinha do que reclamar. Teddy era solteiro, tinha menos de cinquenta anos e ela nunca esperou que ele mantivesse um voto de castidade e nem nada do tipo.
O sorriso morreu no rosto de Teddy quando seus olhos azuis encontraram os de Alexandria, que o observava, parada no batente da cozinha. Ele bloqueou o telefone, deixando-o sobre a bancada com a tela para baixo.
— Tem uma