BÔNUS: Antony Harris.
Finalmente, depois de seis anos preso, hoje estou saindo da penitenciária. Assim que os portões se abrem, saio com mais dois ex-presidiários. Cada um corre para sua família ou alguém especial que os espera. Dou alguns passos e vejo meu advogado parado ao lado de um carro. Caminho na direção dele, que me cumprimenta, abre a porta do carro, e eu entro no lado do passageiro. Coloco o cinto e saímos dali.
— Por que meus pais não vieram? — pergunto, olhando para ele.
— Seus pais foram embora de Boston já faz uns dois anos.
— E por que não me avisou?
— Eles pediram para não avisar. Me desculpe, senhor Harris, mas quem paga os meus honorários são eles. Cumpro o ditado que diz: “manda quem pode, obedece quem tem juízo” — ele diz, e não acredito que fizeram isso comigo.
— E o jornal?
— Eles o venderam no ano passado.
— O que vou fazer? — Ele encosta o carro em frente a um prédio, abre o porta-luvas, tira um envelope de lá e me entrega.
Pego o envelope, abro e olho dentro. Vejo um celular, chav