— Me deixem sair daqui! — grito, esmurrando as portas do apartamento de Cael.
Já faz mais de vinte e quatro horas que estou trancada aqui. Sozinha. E pelo menos cinco delas eu passei batendo nessas malditas portas.
Eryon me traz as refeições em silêncio, mas nunca abre a boca. Não sei onde Cael e Samiel estão, e cada minuto de espera aumenta a vontade de destruir esse lugar inteiro.
— Vocês não podem me prender desse jeito! — chuto a porta, a cabeça latejando como se fosse explodir.
De repente, as portas se abrem com tanta força que quase caio para trás.
— Você está me irritando, garota. — Samiel surge na sala, com uma expressão animalesca. O espaço parece diminuir, esmagado pela presença enorme dele. — E você não quer me ver irritado.
Meu coração dispara, mas não recuo. Ergo o queixo, forçando uma coragem que, definitivamente, não é natural para mim.
— Eu sei que é contra as regras me prender aqui.
Ele cruza os braços, o sorriso é frio.
— É? E o que você vai fazer sobre isso? Rezar?