Um dia, Okan Krishnan cobraria o que fez por mim e pela minha família.
Okan
— Acompanhe-me.
Passo por ele sem me preocupar em verificar se me segue. Sei que está logo atrás, mesmo sem olhar. Meu caminhar é decidido, com passos firmes em direção à biblioteca. Entro, seguro a maçaneta da porta e espero. Assim que ele entra, fecho a porta atrás de nós.
Ômer se volta para mim, com a expressão de quem já tem respostas prontas, ainda que não saiba a pergunta.
— Bem, estou aqui. O que você gostaria de falar comigo? Que assunto de negócios é tão urgente que não podia esperar? Ou será que aconteceu algo com o tio? — Ele dá uma pausa e sorri com desdém. — Ou será que precisava mesmo era interromper meu momento com uma mulher linda e maravilhosa?
Ignoro a provocação. Caminho até ele, mantendo uma distância controlada, e resolvo ir direto ao ponto:
— Não quero que se envolva com Emily.
Ele pisca, surpreso, como se não tivesse entendido. E então, ri.
Meu sangue ferve, mas me mantenho impassível.
— Como é que é? Posso saber por quê?
— É exatamente o que ouviu. Não te