Poderia me fazer de frágil e ter te drogado com um "boa noite, Cinderela". Qual é a diferença agora, hein? Senhor sabe tudo! Sabichão!
A ironia me atinge em cheio, e eu não consigo evitar o riso que escapa, mesmo sabendo que estou provocando um vulcão prestes a entrar em erupção. A veia pulsando em seu pescoço é um aviso, mas não consigo me conter.
— Diferente? Eu poderia ser uma ladra. Poderia me fazer de frágil e ter te drogado com um "boa noite, Cinderela". Qual é a diferença agora, hein? Senhor sabe tudo! Sabichão!
A expressão dele vacila por um segundo, como se minha provocação tivesse atingido um ponto cego. Ele me olha, sem reação, e a satisfação triunfante que sinto é inebriante.
Pontos para mim!
Por um breve momento, ele parece perdido em seus próprios pensamentos. Mas então, seu olhar endurece, e a confiança retorna como uma tempestade.
— Eu sabia que você não era assim. Eu sei ler as pessoas.
O sorriso que surge nos meus lábios é desafiador.
— Então estamos empatados. Eu sabia que você era apenas um cara no bar querendo se divertir. E não aconteceu nada, não é mesmo?
Minhas palavras parecem acertar o orgul