Dimitri Blackthorn
O peito subiu e desceu com violência. As lembranças me atingiram como lâminas: o sangue, os corpos, os filhotes mortos, a insanidade dele. Eu não tinha escolha. Eu precisei bani-lo, depois de tanta destruição vinda dele.
— Eu salvei nosso povo de você — cuspi, cada palavra sendo um golpe.
Dean arqueou a sobrancelha, zombeteiro.
— Salvar? — bufou. — Você me largou para morrer, Dimitri, matou o meu lobo, ou melhor, acreditou que matou. Mas eu sobrevivi. E agora, voltei para buscar o que me pertence.
Um rosnado se formou no fundo do meu peito.
— Você está morto para todos nós — afirmei, frio como gelo.
Ele abriu os braços, teatral, sorrindo de forma quase carinhosa.
— Pois bem, irmão. Considera isso uma nova vida, talvez eu seja como um gato que tem várias vidas. E como você tirou uma das vidas de mim, eu tenho minhas condições.
Ele estalou os dedos. Um capanga entrou, trazendo um tablet, e girou a tela para mim.
Scarlett.
O coração parou de bater por um se