Maya estava cheia de raiva e vergonha de si mesma naquele momento. Ela não conseguia acreditar que havia permitido que Caio e Carlos a deixassem ali, pronta para ser beijada. Como pôde ter chegado a esse ponto? Esperar para ser beijada por eles e ainda fechar os olhos, era humilhante. Ela se sentia como se tivesse traído sua própria dignidade e autossuficiência.
Enquanto caminhava de volta para casa, sua mente estava inundada de pensamentos turbulentos:
"Eu sou melhor do que isso. Não preciso da aprovação de ninguém, muito menos de dois idiotas que não são confiáveis", repetia para si mesma, mas as palavras não aliviavam a sensação de indignação que a dominava.
Maya chegou em seu quarto e se olhou no espelho. Lágrimas de frustração e vergonha ameaçavam escorrer, mas ela as conteve. Foi então que, em um ato de pura impulsividade, deu um tapa em seu próprio rosto. A dor ardente que sentiu foi quase um alívio, uma maneira de redirecionar sua raiva para algo mais concreto, ainda que fosse