Eu não sou ciumenta. Nunca fui. Não sou o tipo de mulher que surta porque outra se joga pra cima do cara com quem eu… trabalho. Porque era isso. Trabalho.
Mentira, Savannah. E você sabe.
Mas quando vi aquela mulher—toda feita de perfume caro e intenções veladas—sentada na sala com ele, com aquela mãozinha no braço dele, rindo como se ele tivesse contado a piada mais genial do século… Eu travei. E quando voltei e ouvi ele dizendo que não misturava “negócios e prazer”…
Argh.
Desci pro andar executivo, respirei fundo no elevador como se estivesse fugindo de um incêndio. Mas o incêndio estava dentro de mim. E aí, claro, ele veio atrás. Com aqueles olhos que me decifram e despem ao mesmo tempo.
E quando ele jogou aquelas palavras?
"Você impôs as regras, Savannah."
Eu perdi o ar por dois segundos. Mas não deixei transparecer.
Porque se tem uma coisa que eu sei fazer, é manter a compostura enquanto meu mundo interno ruge como um leão ferido.
— Você quer isso, Savannah? Regras? — ele sussurro