— Lio, você parece meu pai, as vezes.
— Me deixa! — respondi atrás das duas mulheres hipnotizadas pelos alimentos espalhados pelas prateleiras do corredor de doces — Estamos dentro desse supermercado há quase duas horas.
— Não exagera. — Judite riu sobre o ombro, depois parou para ver o preço de um pacote de bombons variados.
— Fazer compras sozinho é mais fácil. Nem com Cléo eu levava esse todo tempo. Vos unir não foi minha melhor ideia. — franzi o cenho, movendo meus óculos escuros com o ato.
— Trás esse carrinho para aqui? — Cléo pediu, ignorando completamente minhas palavras.
— Parece um menininho mimado que teve seu pedido rejeitado e faz birra para a mãe pelo resto do tempo. — minha namorada riu, antes de lançar dois pacotes para dentro do carrinho e me dar um beijo na bochecha.
— Isso não vai melhorar nada! Estou cheio de fome, apressem-se!
Era