Batidas fracas na porta me fizeram despertar do sono leve que tive. Levantei a cabeça para olhar ao redor e ter certeza que não estava na minha casa.
— Dadi? — respondi, sonolento.
— Vocês vão dormir aqui? — sua voz abafada soou e fez Judite se mover em cima de mim.
— Não!
— Está bem. — ouvi seus passos se distanciarem e suspirei.
Olhei para meu peito e vi um alvoroço crespo protegê-la de meus olhos. Soltei o segundo suspiro quando senti sua pele quente e nua sobre mim. Uma sensação de satisfação encheu meu peito, de tal forma que me impedia de ser sensato e acordá-la para dizer que estava tarde. Subi meu pulso até onde pudesse ver as horas, o que me deixou sem escolha.
— Judy?
— Mh? — respondeu, manhosa, e me apertou mais.
— São horas de ir embora. Está a ficar tarde.
— Que horas são?
— 22:13.
Como