A festa ainda bombava nas nossas costas, quando a aniversariante me acompanhava até meu carro com uma tigela de bolo na mão. Cléo vestia um vestido azul-escuro de veludo, alça fina, não muito justo, com um "V" profundo na parte de trás e que bailava no meio de suas coxas. Minha opinião levou-a a calçar sandálias de salto raso e optar pelas mexas soltas à altura de sua cintura.
Estava bonita e radiante. Falava sem parar e era, sem dúvidas, uma mulher que dispensava a falta de assunto.- Tens mesmo que ir? Logo agora que a festa realmente vai começar? - lançou algumas tranças finas para trás de seu ombro.
- Tenho. Já está tarde.
- Tem alguma coisa para fazer amanhã? - parou de frente para mim e me observou abrir a porta do carro.
- A questão não é essa... - quando ia me justificar, a voz alta de Lionel chegou até nós.
- Cléo, não lhe deixa entrar nesse carro! - seu indicador estava em nós qua