Capítulo 97. Precisamos conversar
O entardecer já estava caindo e logo a noite cobriria a cidade com seu manto de estrelas. Julieta, apesar de estar nervosa, também estava decidida a dizer-lhe a verdade e fazê-lo entrar em razão.
— Precisamos conversar — respondeu ela com firmeza, fechando a porta atrás de si e, sem esperar, soltou o que estava entalado em sua garganta — sei de tudo, Max... como pôde esconder algo assim de mim — sua acusação como adagas afiadas direto no peito de Max.
Max ficou mudo por alguns segundos eternos, que ela aproveitou para entrar em sua casa e plantar-se no meio da sala, e ele a seguiu atordoado por vê-la em sua casa.
Uma Julieta muito triste, depois de receber alta, foi para a casa de Tom. Não queria ver ninguém, mas precisava tirar tudo o que tinha no peito, por isso pediu o carro emprestado do seu melhor amigo pouco menos de uma hora depois de chegar à casa dele e dirigiu até a mansão de Maximiliano. Tom não estava muito seguro, mas ela parecia decidida, então achou melhor apoiá-la.