Capítulo 87. Veneno
Max não queria ir às suas sessões de quimioterapia. Mas se terminasse estas últimas sessões, o operariam para fazer uma busca... às vezes o câncer se escondia em lugares insuspeitos, passando despercebido, e a doutora Thorne não queria falhar em nada.
Max estava sentado na cadeira do hospital, cercado por uma atmosfera estéril e fria. O gotejamento constante do soro de quimioterapia era o único som que quebrava o silêncio. Seu corpo se sentia cansado e pesado, sentia o veneno percorrendo suas veias, lutando para destruir as células ruins que o consumiam por dentro.
— Como estamos, Max? — perguntou a enfermeira com um sorriso no rosto.
— O melhor que se pode estar com um monstro te comendo de dentro para fora — sua resposta foi seca.
A enfermeira não perdeu seu sorriso, sabia que as quimioterapias deixavam os pacientes mal-humorados, mas era apenas a doença falando e ela não levava a sério.
Uma parte muito pequena de Max agradecia à mulher mais velha por não perder a paciência e co