Marcelo estava decidido a encontrar respostas. A prisão, agora um esqueleto fumegante e cheio de escombros, já não oferecia pistas visíveis. Sabia que ficar ali seria perda de tempo, então ajustou seu casaco e decidiu tomar uma abordagem mais direta. Se Maximiliano não estava entre os escombros, alguém tinha que saber alguma coisa.
Com essa determinação, dirigiu até a instalação temporária onde haviam realocado os presos sobreviventes. Ao chegar, sua só presença impunha respeito. Marcelo era conhecido em certos círculos, e embora muitos desses homens jamais tivessem tratado com ele diretamente, sua reputação o precedia.
—Quero falar com os que estavam na ala leste no dia do acidente —ordenou ao oficial encarregado com voz firme.
—Senhor, precisarei de autorização para... —comentou o homem.
Marcelo lhe lançou um olhar gélido que parou qualquer desculpa.
—Precisa da minha autorização para manter seu emprego? Porque posso providenciar isso em minutos —as palavras de Marcelo eram como