O som das sirenes encheu o ar, cortando a noite com seu eco. Duas ambulâncias chegaram quase ao mesmo tempo ao hospital, suas portas traseiras se abrindo com pressa. Os paramédicos tiraram as macas com rapidez; numa, um homem inconsciente com dois tiros, um no tórax e outro na cabeça. Callum. Na outra, uma mulher desmaiada que estava grávida, sua respiração irregular, mas estável. Os médicos se moveram com precisão, levando diretamente para emergência a mulher, e Callum foi transferido para o centro cirúrgico imediatamente; cada segundo contava.
Na sala de espera, um grupo reduzido aguardava em silêncio. Os rostos tensos e os olhares baixos mostravam a ansiedade que os consumia. Julieta se sentou abraçando os próprios joelhos, enquanto Tomás e Max permaneciam de pé perto da porta, trocando olhares preocupados.
— Eu... acho que Isabel não tem família — murmurou Julieta de repente, quebrando o silêncio.
Todos se viraram para ela. Sua voz era fraca, trêmula, como se até mesmo falar f