Caleb Evans
A casa do Álvaro estava mergulhada em silêncio, e eu sentia um misto de alívio e nervosismo. Sexta-feira à noite era quando a cidade ganhava vida em suas sombras, e eu pretendia me infiltrar em uma dessas sombras: a corrida clandestina. Meu objetivo era claro: sair sem levantar suspeitas, especialmente de Ayala. Se havia um lugar onde eu não queria vê-la, era lá.
Desci as escadas com cuidado, atento para não fazer barulho. A luz estava apagada, e eu me orientava pelo pouco brilho que vinha da janela. Quando cheguei ao último degrau, quase tive um infarto. Duas figuras me encaravam no escuro com rostos… perturbadores.
— Caralho! Que susto! — exclamei, levando a mão ao peito. — Que merda é essa na cara de vocês?
— Máscara facial, sabe, autocuidado. Amanhã é dia da seleção para as tears, e além de talento, queremos servir beleza — explicou Martina, divertida.
— E você? Onde está indo a essas horas? — perguntou Ayala, cruzando os braços e me lançando aquele olhar curioso que