Cap.37
O ar-condicionado agora zumbia no máximo esperou apenas dois minutos em seguida se aproximou, puxou o lençol e cobriu Selene com cuidado, como se o gesto pudesse resgatar um pouco da lucidez que ainda lhe restava.
Ela se mexeu, inquieta.
— Está frio... — murmurou, sonolenta.
— Então pare de brigar com o lençol. — ele respondeu, com o tom mais seco do que pretendia.
Mas quando ela tentou se livrar novamente da coberta, Adon perdeu a paciência. Puxou o tecido e, num movimento firme, enrolou-a por completo, imobilizando-a.
— Pronto. Agora fica quieta, eu já tenho problemas para dormir, se eu dormir no sofá... meu corpo vai ficar pior que minha mente.
Selene resmungou algo inaudível, tentando se soltar, e ele segurou o lençol com força, mantendo-a perto de si, ele a abraçou presa na intenção de mantê-la coberta, colocou uma das pernas em cima do quadril dela impedindo ela de se mover.
— Você parece uma criança, sabia? — ele resmungou, exasperado. — Dá trabalho até dormindo, não sei