Renzo ficou deitado ali por muito tempo. A luz da lua banhava seu rosto bonito.
De repente, me veio à mente uma lembrança antiga. Nós dois deitados juntos à beira do lago, num momento de pura tranquilidade.
Naquela noite, a lua parecia ainda mais brilhante que agora. Renzo entrelaçou os dedos nos meus, virou o rosto e disse:
— Liana, quer ser minha luna?
Eu acreditava que ele me amava. Mas do amor até o desamor bastaram cinco anos. Um amor tão
curto assim era frágil demais.
Renzo mexeu os dedos. Eu sabia que ele também tinha se lembrado da mesma cena.
Logo depois, estendeu a pata e riscou com as garras os dizeres da lápide original. No lugar, gravou:
Renzo e sua luna, Liana, descansam juntos aqui.
Suas garras ficaram em carne viva, cobertas de sangue, mas ele ignorou a dor.
Com um suspiro calmo, se deitou dentro da cova que havia cavado sobre meu túmulo.
Nos braços, trazia ampolas cheias de Lycotoxina. Injetou tudo no próprio corpo.
As pupilas se contraíram rapidamente. A respiração