Quando Fui Deixada Para Morrer Pelo Meu Companheiro Alfa
Quando Fui Deixada Para Morrer Pelo Meu Companheiro Alfa
Por: Shirley
Capítulo 1
Eu então entendi. As pessoas que eu mais prezava eram justamente as que queriam minha morte.

Só podia esperar que, quando conseguissem o que desejavam, viessem a se arrepender ao descobrirem a verdade.

Nos meus últimos momentos, quando as garras do Rogue rasgaram meu peito, a força do golpe arrancou meu espírito do corpo.

Flutuei no ar, observando meu próprio corpo mutilado jazer no chão da floresta, banhado pela luz do luar.

Naquele momento, meu Alfa e par predestinado, Damon, estava ajoelhado ao lado da minha irmã, Chloe.

Sua poderosa dominância de Alfa emanava dele, carregada de ansiedade.

— Minha querida, abra os olhos. Olhe para mim. Diga onde dói.

A sua mão áspera deslizou suavemente pelo arranhão superficial na bochecha de Chloe, como se fosse uma ferida fatal.

Meu irmão, Leo, saiu correndo da floresta, os olhos brilhando em dourado de fúria.

— Se não fosse por aquela maldita Ômega Elena nos atrasando, como um Rogue poderia sequer ter cravado a garra em Chloe? No momento em que ela recobrar a consciência, eu vou lhe dar uma lição!

Meu espírito estremeceu, e a agonia destruiu nosso vínculo de companheiros.

Leo, você não terá de mover um dedo.

Como todos vocês desejaram, já estou morrendo.

Morrendo no frio cortante da vossa indiferença.

A curandeira da alcateia, Anya, ajoelhou-se junto ao meu corpo, suas mãos emitindo um leve brilho de cura.

Ela verificara rapidamente os ferimentos de Chloe — alguns arranhões superficiais.

Só então ousou suplicar a Damon, com a voz trêmula:

— Alfa, por favor, empreste-me seu poder. Preciso que você o canalize através de mim. Só o seu poder pode evitar que ela se vá.

Damon levantou-se devagar, o rosto à luz do luar tão frio quanto uma lâmina de inverno.

Ele olhou para o meu corpo moribundo, os olhos sem amor pela sua companheira, apenas profundo desprezo.

— Ela é tão fraca que não aguenta nem uma luta simples. Não vale o meu poder de Alfa.

Ele fez uma pausa; uma aguda e inesperado pontada ecoou pelo vínculo de companheiros.

Ele fez uma careta, ignorando o ocorrido.

— Não se preocupe, ela não vai morrer. Ela é teimosa demais para isso.

Fitei aquele homem com ar vazio, o coração retorcendo-se como se perfurado por uma adaga prateada.

O vínculo de companheiros ainda existia. A própria Deusa da Lua nos havia escolhido. Será que ele realmente não sentia a agonia da minha morte?

— Mas ela fez isso para te proteger... — Murmurei.

— Já chega! — O rugido de Damon sacudiu o próprio ar. — Uma verdadeira Luna jamais se veria numa situação tão patética! Sua incompetência é uma humilhação!

De repente, Damon respirou fundo, e a dominância do seu Alfa irrompeu.

Sua voz percorreu a ligação mental por toda a alcateia Lua Negra, cada membro ouvindo sua declaração.

— Eu, Damon, Alfa da alcateia Lua Negra, rejeito oficialmente você, Elena, como minha parceira e futura Luna.

— Você é uma desgraça para esta alcateia, um símbolo de sua fraqueza.

O vínculo de companheiros dentro de mim gritou, um clamor desesperado e lamentoso

Meu espírito sentiu uma sensação de rasgo como nunca antes conhecera, como se uma corrente prateada apertasse meu pescoço.

Era verdade. Ele nunca me havia aceitado de fato.

Fazia sentido, suponho.

No momento em que os olhos vermelho sangue do Rogue se fixaram nele, lancei-me sem hesitar, usando meu próprio corpo para protegê-lo do golpe fatal.

Mas no instante em que caí, ele correu direto para Chloe, que apenas tivera sangue respingado.

Como poderia ter afeto sobrando para um "fardo" como eu?

A luz curativa de Anya intensificou-se com sua raiva.

— Alfa! Elena foi dilacerada por aquele Rogue para te proteger! Ela trocou a própria vida pela sua segurança!

Damon, convencido de que eu estava fingindo, soltou um rosnado baixo e gutural.

— Me diga: O que essa inútil prometeu a você para participar desse teatrinho de pena? Nunca pensei que uma Ômega fracassada pudesse ser tão manipuladora.

Justamente quando terminou de falar, Chloe — que fingia estar inconsciente havia algum tempo — finalmente abriu os olhos, "fraquejando".

A voz dela tremeu, som lastimável e frágil concebido para despertar o instinto protetor de todo macho lobisomem presente.

— Damon... minha irmã está bem? Foi tudo culpa minha. Se eu tivesse sido um pouco mais forte, minha irmã não teria...

Damon fitou a delicada e indefesa Chloe no leito, e seu olhar se tornou ainda mais implacável.

Ele voltou-se para o meu corpo moribundo, e a dominância de seu Alfa desabou como uma onda colossal.

— Elena! Não pode ser mais como sua irmã e ter um pouco de dignidade? Ela está nesse estado por sua imprudência, e mesmo assim ainda se preocupa com você! Dou-lhe três segundos para aceitar a minha rejeição. Caso contrário, romperei nosso vínculo à força!
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