QUARTO CAPITÚLO
No castelo todos estavam muito agitados, pois o Rei não parava um minuto sequer ele queria tudo reluzindo quando seus convidados chegassem por isto averiguava tudo pessoalmente.
Incumbira o pai de Zairo que era um dos seus homens de confiança de selecionar os cavalos que certamente iria precisar durante a estadia do amigo, pedindo que não esquecesse nenhum detalhe.
Queria tudo dentro dos conformes, cavalos bem limpos arreios novos e carruagem a disposição.
O pai de Zairo, notoriamente visualizava as cocheiras e os escravos que cuidava no lugar, mas naquele dia foi pessoalmente fiscalizar tudo e dar as coordenadas de que teria que ser cumpridas a risca.
Velho e compenetrado Samir se pronunciava a tudo que conferia ao bem estar de sua majestade convicto de seus deveres estava sempre aposto ao serviço que lhe incumbia.
No paradisíaco universo em que o Rei Ferdinando reinava tudo era quase perfeito seu enorme castelo cheio de luzes que ampliavam a beleza dos imensos salões, que transluzia pinturas de diversos antagônicos da época que se resumia nas paradisíacas plumagens colorindo os terraços de onde avistava o jardim, que no outono suas folhas forravam o chão dando assim ao sedado momento a nostalgia do anoitecer.
Liza, no entanto sentada a soleira da janela sentia uma enorme tristeza tomar conta de todo o seu ser, seus pensamentos voavam longe buscando alguma coisa que nem mesma ela sabia se existia, pois toda sua vida vivera ali cercada de mimos e de carinhos de todos que trabalhavam no castelo e de seu pai, que sendo o senhor do pequeno reino era uma pessoa boa de coração e sempre pronta a atender todos os seus pedidos.
Mas sua alma estava triste tinha alguma coisa no ar ela sempre se sentia assim;
Toda vez que algo estranho esta por acontecer, lembra-se de quando sua mãe morreu era um triste dia de inverno e todo o castelo estava fechado, pois o pequeno reino estava em alerta devida a forte nevada que caia cobrindo todas as estradas fazendo com que todos se fechassem dentro de suas casas por não terem condições de caminhar.
Liza pensativa viajava em sua memória e revia o triste dia e seu coração batia acelerado, pois pressentia a mesma dor e olhando a paisagem que se filtrava nos raios de sol que se enfraqueciam anunciando a próxima estação às lagrimas teimavam em rolar de seus olhos.
Compenetrada nas suas lembranças assusta-se quando ouve o seu nome.
Liza... Liza...
Assustada ela olha;
Liza sou eu o que esta havendo?
Parece estar em outro mundo;
Liza lembra que me pediu para avisar a respeito do rapaz.
Sim me lembro Melina, mas o que houve ele voltou?
Já havia ate me esquecido depois de tudo que esta acontecendo.
Mas não sinhá ele voltou e pediu para chamá-la.
Esta bem você me ajuda;
Melina aproxima-se de Liza e abraçando-a pela cintura ajuda a caminhar ate o jardim para falar com o estranho.
Enquanto caminha para o jardim vem à mente de Liza o olhar do pobre rapaz e isto a amedronta, pois ele transmite algo estranho que ela não sabe explicar.
E quando o avista seu coração parece que vai parar, suas pernas começa a tremer e se Melina não a segurasse com firmeza automaticamente teria caído.
Aproximam-se do rapaz que ao vê-las vem ao encontro facilitando assim para Liza que senta em um banco para esperá-lo.
O jovem cabisbaixo para diante da jovem princesa sem saber o que dizer;
Melina então se afasta dando condições para que eles possam se entender.
Liza olha e pergunta qual o seu nome?
Perplexo pela pergunta ele não sabe o que responder.
Então gentilmente ela repete qual o seu nome?
Edalio filho do sol e da noite vagando pela floresta desde que meu mundo sumiu.
Como seu mundo sumiu?
Na terra em que vivia era tudo muito azul, tinha o cheiro do perfume das flores que tinha ali, tinha magia nos montes e no mar o colibri, voava sobre a ponte do navio que eu vi levando para o alto mar tudo que eu vivi.
(INTERROGAÇÃO)
Houve um tempo que meu mundo era diferente, tudo se baseava no hoje, o passado nunca existiu e o futuro um enigma a se revelar.
Viajava entre os mundos, podia sentir o fluir da natureza, o congelamento das calotas polares e ver o deserto pouco, á pouco se formar.
No meu mundo os sons se multiplicavam e as energias consumiam o vasto horizonte que se perdia diante do meu olhar.
Vim de um mundo alheio a tudo isso aqui, mais der repente ele se esvaiu não sobrando nada além de mim.
Que por pura sorte ou destino quem sabe consegui me salvar a catrastofe que o atingiu.
Liza fica atônita com a resposta do jovem Edalio, mas mesmo assim diz;
Eu não consegui entender o que você falou, mas não tem importância você me disse que queria trabalhar é verdade,
Sim... Sim. Senhora tenha certeza de que não ira se arrepender.
Pois bem apartir de hoje será o novo jardineiro e terá que se esmerar em cuidados com as plantas, pois meu pai quê tudo muito bem cuidado para receber os seus convidados.
Não se preocupe senhorita farei tudo para agradar o seu pai.
Melina por favor acomode o jovem no sótão do castelo, mas não esqueça de servir-lhe comida e água, há lembre-se também de lhe mandar roupas de cama e roupas para vestir. Agora me ajude a voltar para meu quarto, depois virá aqui e o levara para seu quarto explicando-lhe o serviço.