ROCCO NARRANDO.
ITÁLIA
Eu estava sentado no meu escritório, observando a fumaça do charuto dançar pelo ar. A notícia da explosão do carro de Leonardo havia chegado mais cedo, e eu estava esperando a confirmação da sua morte. Sentia um misto de excitação e alívio. Finalmente, aquele maldito estaria fora do meu caminho, e eu poderia consolidar o meu poder sem resistência. Bebi um gole do meu whisky, sentindo o calor do álcool me invadir.
Então, o telefone tocou. Atendi sem muita pressa, esperando a confirmação do sucesso do meu plano. Do outro lado da linha, Evandro, o meu informante falava nervosamente.
~ início de ligação. ~
— Senhor Rocco, temos um problema.
A minha sobrancelha arqueou.
— O que é? Fale logo.
— Não era Leonardo no carro que explodiu. Ele está vivo.
O copo de whisky caiu da minha mão, se quebrando em mil pedaços no chão. O meu coração disparou, e a raiva subiu.
— Como assim, ele está vivo? Explique-se!
— Angelo estava no carro.
— Merda! — Eu gritei.
~ fim de ligação. ~