LORENZO RIZZI NARRANDO.
ITÁLIA.
Não tem um só dia em que eu não me culpe por tudo o que aconteceu, mas, confesso que ver o Adam dentro da nossa casa era um pouco demais para mim. O homem que eu sempre considerei o responsável por tantas desgraças agora estava sentado na nossa sala de estar, discutindo estratégias para capturar Rocco. A ironia era dolorosa.
— Precisamos ser meticulosos. — Adam disse, com a sua voz calma contrastando com a tensão que pairava no ar.
—Rocco não é um amador. Qualquer movimento em falso, e ele desaparece.
Leonardo assentiu, mas eu podia ver o ódio em seus olhos. Desde que Rafaella saiu do coma, ele não era mais o mesmo. O brilho nos olhos havia sumido, substituído por uma determinação fria e implacável. Ver ela em casa, ainda frágil e vulnerável, me fazia sentir uma mistura de alívio e culpa.
— Eu conheço Rocco melhor do que ninguém. — Leonardo disse com os punhos cerrados.
— Ele vai tentar usar Rafaella como ponto fraco nosso, se já não estiver planejando