Gregório Smith
O tempo ao lado de Maitê passou como um borrão de momentos perfeitos. O que começou com atração física e encontros casuais, evoluiu para algo que eu nunca imaginei que pudesse experimentar. Estar com ela não era apenas uma escolha; era uma necessidade.
Nos últimos meses, eu me peguei pensando nela em momentos inesperados — durante reuniões, viagens a trabalho, ou até mesmo quando estava sozinho em casa. Ela havia entrado na minha vida de maneira discreta, mas agora estava em tudo.
Eu sabia que, no início, era fácil rotular o que tínhamos como algo puramente físico. Afinal, era assim que tudo havia começado. Mas, enquanto continuávamos juntos, ficou claro que era muito mais do que isso. A forma como ela ria das minhas piadas mais sem graça, o jeito que ela segurava minha mão quando eu estava tenso... até as pequenas discordâncias que tínhamos eram diferentes. Com Maitê, tudo parecia... certo.
E, pela primeira vez, a ideia de um futuro real com alguém não me assustava.
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