11. Uma Paixão Adolescente
Minhas mãos tremem levemente enquanto me levanto da cadeira. O tablet está tão apertado entre meus dedos que começo a sentir dor. Bato na porta, tentando não parecer tão assustada ao entrar.
— Sente-se — ele aponta para a cadeira à frente de sua mesa.
Obedeço, me sentindo pequeno sob seu olhar. Por um momento, ele permanece em silêncio, o que só aumenta meu nervosismo.
— Srta. Bennett — finalmente ele começa a falar. — Nos papéis que preencheu para a sua admissão, você disse que fala francês fluentemente.
— Sim, senhor. — Obviamente, não é uma pergunta, mas respondo. — Aprendi por… motivos pessoais.
Sinto meu rosto esquentar quando ele levanta a sobrancelha, desconfiado. Mas o motivo real é vergonhoso demais para ser dito em voz alta. Como explicar que aprendi francês por conta de uma paixão adolescente, apenas porque ele comentou que amava o idioma?
— Então vamos testar suas habilidades — ele diz, sério. — Temos um cliente importante, Jean-Pierre Dubois, CEO da Dubois Technologi