Um carro preto acelerava em direção a ela.
Natália estava ao telefone e, ao ouvir o barulho e se virar, já era tarde demais.
O carro estava tão perto que os objetos atingidos esbarraram em sua pele, sem chance de desviar.
Seu olhar cruzou com o do motorista através do para-brisa...
Gritos, colisão...
Todos os sons nesse instante pareciam recuar como a maré, restando apenas aquele rosto estranho e louco, crescendo diante de seus olhos.
De repente, uma grande força a empurrou pelas costas.
Natália cambaleou para frente, tropeçou em um obstáculo e rolou desajeitadamente para longe.
O carro colidiu.
Natália, deitada no chão, sentia dor nos cotovelos e joelhos, a dor trazendo sua razão de volta daquele momento aterrorizante.
Os sons ao redor começaram a ficar claros novamente:
- Chamem uma ambulância, tanto sangue, pode ser fatal.
- Querida família, acabei de testemunhar um terrível acidente. Aquele motorista com certeza fez de propósito, veio direto, sem sinal de frear. Se não foi assassin