Vitória segurava o telefone e esperou um momento até que a chamada fosse atendida:
— Alô, Vitória?
Ela percebeu que a voz de Paulo estava cheia de cautela, como se houvesse também um toque de incredulidade.
Vitória falou com a voz gelada:
— Eu salvei os vídeos de vigilância do hospital, que mostram sua mãe me empurrando.
— Vitória, eu realmente sinto muito por isso, minha mãe é idosa e agiu impulsivamente porque estava preocupada com minha saúde. Não foi intencional.
— Se você sabe que não foi intencional, por que fugiram com culpa?
Vitória não acreditava em uma palavra do que Paulo dizia, essa mãe e filho não tinham limites.
— Vitória, vamos fazer assim, eu não vou falar sobre seu irmão ter me batido, e você não fala mais da minha mãe ter te empurrado. Assim, estamos quites.
— Quem disse que foi meu irmão que fez isso? — Respondeu Vitória, friamente. — Eu também só soube agora, quem te bateu foi meu ex-marido, e isso não tem nada a ver com meu irmão.
Paulo engasgou: "Realmente foi o e