Vitória estava à beira de perder a razão quando gritou aquelas palavras.
Ela agia por instinto para proteger o filho, pois ela sabia que Dario era um homem de palavra, se ele dissesse que ia fazer o aborto, com certeza ia obrigá-la a fazer.
O quarto do hospital estava silencioso.
Dario olhou para ela de cabeça baixa, parecendo incrédulo:
— O que você disse agora?
O queixo de Vitória estava preso pela mão dele, forçando ela a levantar a cabeça para encontrar os olhos dele, aqueles olhos profundos que carregavam um olhar inquisidor.
Ela falou:
— Você não ouviu?
Vitória sentiu-se um pouco arrependida, mas não sabia o que mais poderia fazer.
Eles estavam num hospital, e seria fácil para realizar o aborto.
Dario se inclinou, olhando para o ventre dela.
Vitória sentiu o perigo e instintivamente tentou proteger a barriga com a mão, mas ele afastou a mão dela. Quando ele olhou para a barriga dela, o coração dela se apertou de maneira desesperada.
Ela e o bebê estavam como peixes na tábua, à m