Cintia
Henrique estava lá, eu não sabia que ele estava lá dentro do escritório da Carol, ela tentou me alertar gesticulando e me cortando, mas eu não entendia o que ela estava querendo dizer.
Então o Henrique saiu do escritório parecendo muito decepcionado, e se dirigiu até mim com frieza. Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo, em nenhum momento quis dizer que não gostava dele, mas talvez eu não tenha feito a melhor escolha de palavras.
— Henrique, espera… — Tentei dizer algo, mas ele já havia dado um passo para trás, como se o impacto do que ouviu tivesse empurrado toda a nossa conexão para longe.
O que eu tinha feito?
— Acho que já ouvi o suficiente, Cíntia. — Ele cortou, a voz grave, mas controlada, do jeito que ele sempre era quando queria esconder que estava magoado.
Ele se virou e saiu antes que eu pudesse sequer reagir. Meu peito parecia comprimido, como se faltasse ar. A porta do ateliê se fechou atrás dele, e o som ecoou como uma despedida. Carol, que