— A gente ouviu sobre vocês — Justine completou, baixinho. — As mais velhas falaram para a gente contar as coisas pra vocês… Precisam saber, assim conseguimos nos ajudar.
Sentaram com elas, meio escondidas pela sombra, ali todas aprendiam bem rápido que qualquer conversa tinha que ser sussurrada.
— Aqui… — Emma olhou ao redor, escolhendo bem as palavras. — Só as bonitas sobrevivem. As outras… somem. — Mordeu o lábio. — A gente aprende a não perguntar pra onde.
— Tem soldado que é… mais gentil — Justine arriscou, fazendo um gesto discreto com a mão. — Trazem presentes. Pão doce, vela, às vezes um tecido. — Deu de ombros, com a sabedoria amarga de quem já viu muito para pouca idade. — Algumas já conseguiram até armas facas, deixamos tudo guardado pra quando finalmente conseguirmos… Lutar.
— O rei gosta de caçar — Emma prosseguiu, e a palavra “rei” saiu com aspas invisíveis. — Coleciona presas. — ela ergueu levemente o top, mostrando uma cicatriz na lateral do peito, um V queimado, com