A luz bruxuleante das tochas nas masmorras lançava sombras longas nas paredes úmidas quando Connan se pôs de pé, o corpo tenso, entre Melia e a bruxa de Smaill. O cheiro de mata-lobos ainda queimava o ar, misturado ao suor e ao sangue fresco das feridas que ardiam nas mãos do garoto.
A velha, encurvada e cheia de símbolos de outro tempo, o olhou com desprezo e uma ponta de medo. Sua voz era um sussurro rouco, venenoso como tudo ali embaixo:
— Quem é você pra desafiar o rei de Obsidian, garoto? Não é bom para ninguém se meter nos assuntos de Van Smaill. Especialmente para você, seja lá de onde tenha saído.
Connan rosnou, os olhos verdes incendiados de ódio e algo mais antigo, mais selvagem. Ele se colocou à frente de Melia, o peito arfando, e respondeu sem hesitar:
— Não vim aqui pra discutir, vim pra matar o rei de Obsidian… em nome da rainha.
As palavras pairaram pesadas no ar, ecoando pelo corredor escuro. A bruxa deu um passo para trás, o rosto deformado pela surpresa. Por um momen