Gus
Quando enfim o meu turno acabou, troquei de roupa e segui para o estacionamento. Ao chegar lá, Maya estava escorada à minha moto. Parei e a encarei. Seu olhar era retraído e havia um pouco de tensão também. A passos lentos, aproximei-me dela, parando à sua frente, em silêncio. Era a vez de ela falar. Eu já havia dito o que queria. Ela quem decide se terei o que desejo.
— Victor foi quem rompeu essa fronteira comigo. Ele foi o único para quem dei a minha submissão. Sinto falta disso, de pertencer outra vez. Mas tenho medo.
— Do quê?
Ela desviou os olhos de mim.
— Ele não está mais aqui, Maya. Se entregar outra vez não vai magoá-lo. Não é como se estivesse traindo o seu Dominador. Porque ele não é mais o seu Dom.
Olhou-me novamente, com olhos brilhantes. Existia uma luta interna dentro dela.
— Ele foi o amor da sua vida, vejo isso. Mas amar de novo ou se submeter outra vez, não mudará o passado de vocês. Não vai feri-lo. Você ainda terá a marca dele na sua alma, no seu coração, no p