03

Depois daquela minha última palavra para a Dra. Hills ela não mostrou surpresa. Na verdade, o jeito como ela continuou agindo era como se ela já soubesse que eu iria falar isso e parecia que ela não se assustava com nada que eu falava, não importa o que eu diga. O maníaco pervertido! Naquela mesma consulta ela me mandou escrever ESTE diário para contar tudo que sinto, penso e faço a respeito de sexo e até paqueras, sem omitir detalhes. Mas enfim, vamos ao que interessa...

Ontem foi a festa de aniversário de um grande amigo e sócio do meu pai. Como sempre, foi no estilo Wallace e Companhia: um super espaço, uma super decoração, um super Buffet; tudo do bom e do melhor, e no gosto mais refinado que o dinheiro poderia pagar. Ostentação, a gente vê por aqui! Nunca fui muito chegado àquela extravagância toda, prefiro gastar dinheiro com festas mais animadas, mas ainda assim lá estava eu sentado com meu pai e seus amigos, ouvindo suas conversas “super interessantes” sobre a Bolsa de Valores de Nova York, enquanto minha mãe e as amigas (esposas dos amigos do meu pai) falavam sobre os últimos lançamentos da Calvin Klein e etc. Festa maravilhosa! Aff!

Fala sério! Aquele ambiente já estava chato, mas foi aí que tudo começou a mudar... Olhei na direção do open bar e de longe vi um cara que parecia na mesma situação que eu: “Chatice!” Ele era alto, tinha o cabelo escuro e estava falando ao celular. Ah, nem quis saber... Levantei da mesa e fui andando na direção do open bar, mas acredite, só estava interessado em um drinque. Sentei lá perto do cara do celular, só um banco entre nós dois.

Pedi um Martini com gelo e adivinha só? Meu celular tocou, e quando olhei pra ele não consegui não sorrir... Era uma amiga minha da época de escola. Bem, na verdade, era uma “amiga colorida”. A gente costumava sair juntos pra se divertir, e claro, também nos divertíamos sozinhos num quarto. Afinal, ela era uma super gata com cabelo loiro.

“Hilary Wood! A quê devo a honra?”

“Newton, adivinhe? Estou em Nova York. Vou ficar na cidade até sexta. Quando podemos nos ver?”

“Wow! Que surpresa ótima! Estou em uma festa de um amigo do meu pai agora... Aquela coisa chata de sempre, mas tenho que ficar por consideração.” Enquanto eu falava, olhei rapidamente para minha taça de Martini e pela visão periférica reparei que o cara do celular estava olhando pra mim. “Vamos marcar sim!”

“OK! Vou deixar você aproveitar sua “festa ótima” então!”

O cara continuava olhando para mim, então virei o rosto na direção dele e o encarei por alguns segundos. Para minha surpresa, ele abriu um sorriso simpático e inclinou a cabeça para lado, e então tomou um gole da taça e fez outra expressão simpática. “OK, Hilary! Até mais!” Quem sabe agora a festa melhore!

“Martini é sempre uma boa opção” disse ele. Wow! A voz dele era daquelas de narradores. Pode rir, mas chegou a dar arrepios.

“É sim! Bom para relaxar também!” Não pude evitar meu sorriso simpático. Pela primeira vez em tanto tempo alguém conseguiu me deixar um tanto sem graça, e isso é muito estranho para mim! Por que estou ficando sem graça perto dele?

“Josh Hunter!” Disse ele enquanto estendia a mão para mim.

Apertei a mão dele na hora. “Prazer! Newton Wallace!” E sem perceber, nossas mãos continuaram agarradas por alguns instantes. O sorriso dele estava me hipnotizando, mas então caí na real e soltei a mão dele.

Meu nome foi uma surpresa para ele. Na hora em que eu disse ele ergueu as sobrancelhas e arregalou os olhos.

“Oh! Você é filho do Justin! Trabalho com ele na Global Wallace.”

“Ah, sou eu mesmo. E como sempre, a fama do nome Wallace vai na frente” falei rindo, e ele logo riu de volta.

Realmente, o nome Wallace tinha uma repercussão e tanto. Era só descobrirem meu nome em algum ambiente para imediatamente começarem a me tratar com o Príncipe.

Ficamos ali conversando por um tempo, até mais tempo do que parecia, pois quando me dei conta, todos já estavam saindo do salão. Vi então minha mãe passando e de longe ela fez um gesto indicando que ela e meu pai já estavam indo. Agora ninguém mais para encher o saco! Ótimo!

O Josh sugeriu de nós irmos a uma balada juntos e aproveitar o resto da noite. Como sempre, nem receei, aceitei imediatamente. Aquele cara, mesmo parecendo todo certinho, tinha várias coisas em comum comigo e isso era ótimo.

E lá fomos (no carro dele)!

Dentro do carro com os vidros fechados era impossível não se impregnar com o cheiro do perfume dele. Malbec.

E cada vez mais eu percebia o quanto esse cara tinha gostos parecidos com o meu.

“O que acha de irmos para a Midnight?” Perguntou ele.

“Ah... Não! Conheço uma melhor. Segue a Houston Avenue até o fim”. Era óbvio que eu não voltaria à Midnight nem tão cedo, não depois do vexame que a minha ex nos fez passar lá no meio do seu surto.

“Ah, você curte a Mix! Aquela é uma boate e tanto!” Caramba! Outra coisa em comum! Ele também curtia a Mix, uma super boate nos arredores de Madison Square.

Seguimos para lá enquanto conversávamos sobre nossos gostos e interesses pessoais. Pelo menos ele não é como os outros membros da Global Wallace que ficam querendo saber coisas pessoais só para poder impressionar o Rei. Puxa-saco! O Josh era diferente, não estava nem aí que eu era filho do Rei, o patrão dele.

Chegamos a Mix. A balada estava legal, dançamos e conversamos bastante, e nisso a hora foi passando. A música envolve e por isso nem dá para sentir o tempo. Sentamos no open bar da casa de festa, e então olhei no relógio: 3h da manhã. Que se dane! A noite é uma criança! Conversamos, conversamos e conversamos... O papo foi ótimo. Josh então olhou no relógio também. “O que acha de irmos agora, Newton? Eu vou te levar em casa!”

“Acho justo! Vamos nessa!”

Fomos então de volta para o carro dele, rumo à minha casa. Dentro do carro não teve tanto papo, ele só ligou o rádio baixo e ficamos ouvindo Linkin Park. Bom gosto! Como não tinha trânsito, o caminho foi rápido.

Rapidamente já estávamos na entrada do “Castelo do Rei”. Convidei o Josh para entrar e ele aceitou sem hesitar.

Andamos até os fundos da casa e sentamos nas espreguiçadeiras na beira da piscina.

“Aqui é ótimo para relaxar” disse eu.

“Imagino! Essa brisa sempre envolve. E o que gosta de fazer durante a semana?”

“Bem, é complicado responder. No momento, não estou trabalhando em nada. Só ajudo na empresa quando meu pai precisa de alguma coisa”. Naquela hora não me contive... “De fato, passo meu tempo saindo e curtindo a vida!”

Ele riu e manteve a expressão simpática. “É sempre assim, o Príncipe Rebelde de Nova York. Não parece ruim, no entanto”.

Ficamos ali conversando mais um pouco, até que tive uma ideia louca. “O que acha de um mergulho?” Ele fez uma cara de surpresa, mas nem esperei a resposta. Arranquei o blazer e a camisa enquanto tirava os sapatos com os pés. O Josh ficou me olhando como se estivesse surpreso, mas nem me importei. Tirei a calça de uma vez e pulei na piscina só com a minha cueca boxer preta. “Você não vem?”

Ele hesitou um instante, mas logo tirou a calça e a camisa social, e entrou na piscina de cueca e com a camiseta que estava por baixo da social. Ele bateu o queixo de frio. “Nossa! Você aguenta esse frio na boa?” Perguntou ele.

“Já estou acostumado!”

Josh começou a se aproximar de mim. “Você deve ser um Casanova, não é?”

Tive que rir! “Casanova? Por quê?”

“Posso ver isso”. Ele colocou a mão no meu ombro e chegou ainda um pouco mais perto. Olhei bem para ele e senti que fiz uma cara do tipo “sedução”. E então, sem mais, encostei minhas pernas na dele e aí nossos corpos se tocaram. O beijo foi quente, e para mais excitação, foi ele quem puxou minha cueca para baixo e tocou nas minhas “partes”.

A intensidade do beijo foi aumentando, então fomos andando juntos até que o encostei na borda da piscina. Fui subindo minhas mãos pelas costas dele enquanto puxava a camisa dele para cima. Ele então me olhou dentro dos olhos e subiu para o lado de fora da piscina. Por um momento achei que ele fosse fugir, mas então ele me puxou para fora da piscina junto com ele.

Mais beijos e agarramentos em pé, fora da piscina. O vento frio nem parecia ter efeito por conta do calor do contato. Ele me empurrou para cima da espreguiçadeira, então deitei e ele se deitou por cima de mim (já nu). E no meio daqueles beijos quentes e carícias, ele se ajeitou e “sentou” em mim. Por um momento lembrei da Mariah, a louca, pois foi exatamente naquela posição que terminei com ela (mas é claro, com ele estava em outro canal), mas então abandonei a ideia... Com ele estava sendo mais excitante!

Os gemidos dele estavam grossos e um tanto abafados, e então nos viramos e fiquei por cima dele, com as pernas dele cruzadas na minha cintura. Com meu ritmo aumentando, ele começou a gemer mais alto, e eu sabia que assim ele poderia acordar alguém dentro da casa. Pensei logo na melhor maneira de abafar o som... Aproximei meu rosto e o beijei de novo, ao mesmo tempo em que os movimentos continuavam.

Foi assim que tive uma super transa com um funcionário do meu pai!

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