A noite na montanha estava tranquila, diferente da floresta em que a mansão de Arturo estava. Ele me deixou numa clareira a certa distância de sua propriedade e voltou a sua forma humana, os olhos prateados fixos em mim, procurando algum sinal de como eu estava.
Confesso que não esperava sentir uma conexão tão profunda com ele, mas aconteceu. A forma como ele me olhou e as coisas que me disse, mexeram profundamente comigo.
— Como está se sentindo?
— Bem.
— Vista suas roupas — ele disse e pegou as suas, vestindo-as de forma apressada. — Fique perto.
Conforme caminhamos em direção à casa, percebi que a floresta ao redor estava em chamas. Uma luz alaranjada dançava entre as árvores e a parte do fundo da mansão que era feita de madeira, tinha brasas altas e um fumaceiro que deixou todo o céu ao redor coberto.
— Arturo...