Narrado por Dante
Mallory não me ouviu, muito menos minha mãe. Naquele momento, eu entendi que quando ela dizia não confiar em ninguém, isso não era uma metáfora — era uma regra de sobrevivência que ela seguia à risca.
Sem hesitar, ela agarrou a mulher pelos cabelos, arrancando um grito agudo que ecoou pela casa. A médica se debatia, mas Mallory a arrastava com a determinação de alguém que não seria parado por nada nem por ninguém. Meu pai saiu do escritório, atraído pela confusão, e, ao se deparar com a cena, abriu um sorriso malicioso.
— O que está acontecendo aqui? — ele perguntou, rindo baixo. — Já mencionei hoje que sou fã dessa garota?
Mallory continuou, sem se abalar, levando a mulher até o jardim. Lá, parou ao lado de um dos soldados da casa e estendeu a mão para ele.
— Me dê sua arma — ordenou, a voz carregada de autoridade.
O soldado hesitou, olhando para mim em busca de instruções. Eu sabia que intervir naquele momento seria inútil. Mallory estava em um estado em que qualq