— Alô?
A voz de Alyssa ao telefone, mesmo sob pretexto de falar uma notícia nada agradável, atingiu Klaus em cheio.
Aquela voz...
Sonolenta,
meio rouca.
Por mais que não fosse a ocasião apropriada, foi impossível não lembrar dos seus corpos unidos em movimentos ousados e inesquecíveis.
— Alô, Alyssa, sou eu, Klaus.
Nem bem terminou de falar, ouviu um ruido seco. O tom da voz mudou para uma irritada.
— Klaus? Como conseguiu o meu número?
Um nó se formou na garganta dele. Respirando fundo, voltou a falar:
— Calma. Foi seu irmão, porque... — Fez uma pausa, como se estivesse lutando para encontrar as palavras certas — Ele está no hospital.
— Oh, meu Deus! O que aconteceu? — Ela conseguiu murmurar, a voz trêmula.
— Saulo... Foi assaltado. — Klaus explicou, hesitante. — Reagiu e... e apanhou bastante.
— Oh, não! Foi grave?
— Está machucado, mas os médicos dizem que não foi nada grave.
Um silêncio pesado pairou entre eles, quebrado apenas pela respiração ofegante de Alyssa.
— E