Camilla Scott
Acordei com uma dor que parecia vir de todos os lugares ao mesmo tempo. Meu corpo estava pesado, como se estivesse preso a uma âncora, e sentia a minha cabeça latejando. A primeira coisa que realmente senti foi o vazio, um buraco no meu ventre, como se algo vital tivesse sido arrancado de mim.
Tentei me mexer, mas meu corpo não respondia. Meus olhos abriram-se devagar, encontrando um teto branco e luzes fluorescentes acima da minha cabeça. Não reconheci o lugar imediatamente, e o pânico começou a crescer dentro de mim. Onde eu estava? Por que não conseguia sentir meus bebês?
Sentia a minha mão tremer ao descer em direção à minha barriga. Quando meus dedos finalmente tocaram a pele coberta por curativos, senti o ar faltar. Não estavam ali.
Meus filhos… meu mundo… estava vazio.
— Não… não… — minha voz saiu rouca, um sussurro desesperado.
Lutei para me sentar, ignorando a dor que rasgava meu corpo. Os flashes da última coisa que me lembrava voltaram como um relâmpago: o som