Mundo ficciónIniciar sesiónO impacto entre Alex e Lucas foi tão violento que o chão tremeu. Luiza recuou instintivamente quando o Alfa saltou sobre o vampiro, transformando-se no ar, o suor escorria sobre sua pele, que logo transformou-se em pelagem. O lobo negro caiu sobre Lucas com um rosnado estrondoso, que fez as árvores vibrarem.
Mas Lucas se moveu rápido demais. Ele desapareceu num borrão e reapareceu atrás de Alex, segurando-o pelo pescoço com força sobre-humana. — Sempre impulsivo… — disse o vampiro, a voz calma demais para a situação. Alex se contorceu, tentando morder Lucas, mas o vampiro o jogou contra uma árvore que pareceu rachar-se, com um estalo seco. Luiza sentiu a respiração travar, ela suplicava pelo ar, mas ao mesmo tempo parecia não conseguir puxa-lo em suas narinas, como se o ar fugisse dela. Alex se levantou num salto, o rubi nos olhos estavam em brasa viva. Ele atacou de novo. Desta vez, Lucas não se esquivou. Ele deixou o lobo colidir contra seu peito apenas para agarrá-lo pelo focinho e forçar o olhar dele a encontrar o seu. — Olhe para mim, Alfa — murmurou. — Veja a verdade por trás da sua maldição. Algo nas palavras estremeceu o rubi nos olhos de Alex. A luz oscilou, vacilou — como se o olhar de Lucas invadisse algo dentro dele, algo que a olho nu parecia imperceptível. — Para! — Luiza gritou, sem pensar. Lucas a encarou. A distração foi o suficiente para Alex se libertar e atacar. Os dois se chocaram outra vez. O vampiro se moveu como uma sombra, o lobo como um raio de tempestade. Cada golpe era brutal, o som dos ossos e das garras cortando o ar e ecoanfo sobre a noite fria. Luiza sentiu o seu corpo inteiro tremer. Eles estavam se matando por causa dela. — CHEGA! — ela gritou, e a palavra saiu com um estrondo que não era humano, ela sentiu algo que nunca havia sentido antes. O ar explodiu ao redor dela em um grande círculo. As folhas se agitaram na floresta escura que levava atéa trilha. A terra se abriu em pequenas rachaduras sob os seus pés. Alex e Lucas pararam. Ao mesmo tempo. Os olhos de ambos se voltaram para ela… cheios de choque. A energia desapareceu tão rápido quanto surgiu. Luiza cambaleou, fraca e tonta. — O que… foi isso? Eu não entendo.— sussurrou. Alex voltou à forma humana num piscar de olhos, desnudo, ofegante, os olhos arregalados, tomados por um misto de alegria e preocupação. Orgulho e tristeza. — Você… despertou — disse ele, a voz cheia de espanto e medo. — Luiza… você ativou o seu poder, a sua magia. Lucas sorriu devagar. — Ah… então finalmente começou. Luiza não sabia o que aquilo significava, ela estava atordoada e confusa, ela queria que aquela sensação desaparecesse, mas ao mesmo tempo, sentia que não podia mais se dissociar do poder que emanava de seu corpo. Mas uma coisa estava clara: Nada seria igual depois daquela noite.






