Há um brilho nos olhos de Letícia enquanto ela observa as palavras entrarem na minha alma. “Parece bom, não é?”
Abaixo o garfo e limpo garganta, tentando parecer calma. “Parece sim”.
“É porque a poder nessas palavras. Elas são suas, Kas. Pertencem à você”. - Ela apoia o queixo na mão e me observa de perto.
“O que você quer dizer com me pertencem? Uma pessoa não pode possuir palavras, Letícia”. - Tento racionalizar, mas parece ser inútil.
“É a sua facção, Kas. Mavri Magea é grego para Magia Negra. Hoje em dia, acredito que nossas irmãs nos chamam de “Negra”. Rude não é? Não escolhemos o nome. A mãe que nos nomeia. Somos as mais novas das Manae. Você é a mais nova de todas. Acho que a mãe deixou melhor por último. Acredita que ela teve que pedir permissão para mudar o calendário só para você?” - Ela dá uma risada cínica enquanto balança a cabeça com a lembrança.
Brinco com os vegetais em meu prato. “Então temos magia negra para contrariar o quão branca nossas outras quarenta irmãs