Camilly Paiva
Mas, como tudo na vida, o momento de puro êxtase começou a se dissipar, dando lugar à realidade que precisávamos enfrentar. A primeira a se afastar foi minha mãe, que, limpando as lágrimas do rosto, esboçou um sorriso acolhedor.
— Vamos entrar, minha filha. Tenho certeza de que todos nós precisamos de um bom café e uma conversa tranquila.
Ela fez um gesto convidativo em direção à porta, e nós a seguimos. O interior da casa parecia mais aconchegante do que eu lembrava. Talvez fosse o peso que havia saído de meus ombros ou a simples presença de todos ali, mas tudo parecia mais vivo, mais vibrante.
Lucas e meu pai foram os últimos a entrar, trocando algumas palavras que não consegui ouvir. Mas, pelo sorriso no rosto de Lucas, sabia que estavam em sintonia. Havia tanto respeito e confiança entre eles que era quase palpável.
Sabrina se adiantou e começou a preparar o café, enquanto eu me sentava no sofá com Benício em meu colo. Ele estava começando a despertar completamente