Costurado

Por essa Edvaldo não esperava. Samara estava sentada no chão do corredor, ao lado da porta, à sua espera. Quando a viu, ainda das escadas perdeu o equilíbrio como se os degraus houvessem caído sob seus pés; segurou-se nas paredes.

Ele que se acostumou a falar muito pouco com vizinhos observava o apartamento da vizinha que estava com a porta entreaberta.

— O que você tá fazendo aqui? Eu não disse que é perigoso… descer essa ladeira essa hora… subir também é perigoso – disse em tom baixo quando percebeu alguém passando por trás da porta.

Foi nesse momento que percebeu que ela trazia uma cabeça de frade na mão:

— Olha, Edvaldo, que trouxe! Sua vizinha disse que isso é bom pra expulsar olho grande da casa da gente.

Abriu a porta rápido e sem acender a lâmpada, colocou na estante, tateando um lugar para não cair o cacto. Disse baixo “vamos, vamos!” Ele de pé no primeiro degrau, descendo, disse em mais alto “vumbora” e fazia gestos vigorosos com u

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